Vamos agora ao exemplo de separação de duas almas gêmeas – em que tudo aquilo que vimos nos posts anteriores sobre almas gêmeas estará presente.
Os textos na internet que tratam disso vão falar da separação como twin flames, ou chamas gêmeas, em português.
As twin flames são tidas como apenas duas almas complementares, ao passo que cada twin flame poderia ter outras almas gêmeas cada uma delas, mas apenas uma twin flame.
O que está indicado nesse conceito e nomenclatura moderna desse fenômeno de união de almas é que quando se fala de twin flames, o VÍNCULO KARMICO É MUITO MAIS FORTE – SEJA PARA O BEM, SEJA PARA O MAL.
Esse maior vínculo karmico se reflete nos relatos de extrema atração por parte de um dos twins e extrema rejeição por parte do outro twin.
São relações em que a providência divina age com enorme evidência no aspecto mágico da união. E de outro lado, o aspecto mais negativo de um e de outro twin também à tona. Um grande amor de um lado – e uma relação explosiva de outro.
Se de um lado no encontro de almas gêmeas o que está em jogo é uma aceleração do processo evolutivo, com twin flames o que está em ocorrendo é a aproximação da própria meta da existência terrena dessas almas, num processo rumo à iluminação dessas almas.
Apenas em 2014 os primeiros relatos diferenciando os twin flames das almas gêmeas começaram a surgir. Isso se deve ao acelerado processo evolutivo da humanidade desde fevereiro de 1998, segundo a Antroposofia, com alguns marcos de 7 em 7 anos, em julho de 2005 e 21 de dezembro de 2012, a data chave do calendário maia e novembro de 2019, a data limite da qual tratou Chico Xavier. Num post em 2020, tratei dessas datas detalhando o que ocorreu em cada uma delas.
Passo agora a narrar a explosiva separação de um casal de amigos que são twin flames. Em meio à narrativa, vou trazer os conceitos já abordados nos posts anteriores sob novos aspectos e também trazer novos elementos para os quais teremos mais detalhes em posts posteriores na série sobre almas gêmeas.
O conceito básico por trás da relação de twin flames é que o tempo todo estão ocorrendo processos iniciáticos, iniciações, por meio dessa relação e de tudo que orbita ao redor dela nas vidas de cada um dos twins.
Essas são iniciações que permitem a elevação a um novo patamar da vida espiritual. Caso esse patamar não seja atingido, no entanto, o preço é alto, pois isso se manifestará como indesejáveis processos involutivos.
No post anterior já vimos o princípio de que sempre que algo se eleva, algo decai.
A Antroposofia nos ensina que o ponto focal da evolução na Terra é o ser humano. Dessa forma, tudo se eleva ou decai em função da própria evolução do ser humano.
Até a matéria física surge a partir do ser humano. Nos primórdios da evolução humana a Terra encarnou como um planeta que esotericamente se chama antigo Saturno. Nele se formaram os primórdios do corpo físico humano. Numa segunda encarnação da Terra, no antigo sol, se formaram os primórdios do corpo etérico do ser humano. Numa terceira encarnação do Planeta Terra, se formaram os primórdios do corpo astral humano, num planeta chamado antiga lua. E agora, na quarta encarnação da Terra, está se formando o Eu humano. Nosso pequeno ego humano, ligado ao corpo físico e tendo por núcleo a mente humana inferior é apenas uma identidade provisória que no final da existência terrena deve dar lugar à manifestação de nosso Manas e ao nosso Eu espiritual verdadeiro conforme tratamos em outros posts. Na atual encarnação da Terra, os ciclos evolutivos das encarnações anteriores da Terra foram recapitulados e por meio desse processo de decadência de algo, enquanto o ser humano evolui, enquanto todos os elementos e os respectivos reinos a eles correspondentes foram formados.
Dessa forma, o reino mineral é formado quando parte da matéria sólida decai ao passo que o corpo físico humano evoluiu. O reino vegetal se forma quando parte do corpo etérico humano decai para que outra parte siga seu normal processo de desenvolvimento. O corpo astral humano, por sua vez, quando em decadência, formou todo o reino animal. Na atual Terra, o Eu humano está se desenvolvendo. Quando ele chegar ao seu pleno desenvolvimento, teremos atingido o status evolutivo de um anjo, enquanto seres humanos, embora mantendo nossa individualidade e livre arbítrio, o que nos tornará ainda diferentes dos anjos, embora comparáveis a eles na estrutura das hierarquias celestiais que seguem na ordem de anjos, arcanjos, arqueus, exusiai (ou elohims), dynamis, quiriotetes, tronos, querubins e serafins.
Por outro lado, as almas humanas que não conseguirem se elevar ao status de anjos irão decair e um novo reino será criado: um reino das entidades a que chamamos de demônios.
É a essa divisão do joio e do trigo que as tradições cristãs se referem e que a Antroposofia como expoente do conhecimento Cristão esotérico pode nos prestar o maior conhecimento possível.
Esse é cenário evolutivo da humanidade. E se os twins flames vivem iniciações avançadas que antecipam os processos evolutivos da humanidade, eles têm que lidar com essas fortes manifestações de luz e sombras em si mesmos e em sua relação.
Isso já seria muita coisa com que lidar, mesmo do ponto de vista da evolução individual dos twin flames em sua relação. Agora imagine o que poderia acontecer se junto com os processos individuais dessas almas, ainda houvesse um forte processo evolutivo em curso, como uma grande iniciação para toda a humanidade!!!
Pois é exatamente esse o contexto com a COVID. A COVID é um enorme processo de iniciação coletiva, em que grande parte da humanidade poderia mudar de patamar evolutivo.
Digo 'poderia', pois estamos muito atrasados em nossa evolução. Perdemos o passo normal da evolução e ficamos para trás. Isso tem sérias consequências e vai se refletir também nos processos dos twin flames.
Vamos ver como o atraso de cada parcela da humanidade pode gerar consequências negativas com o não atingimento de um novo patamar. E depois veremos o caso de separação de twin flames em que a mais perigosa consequência do atraso pode se manifestar, que é o processo involução já no nível do Eu.
Aqui devemos usar um outro conceito da Antroposofia: temos três diferentes níveis de desenvolvimento da alma: a alma da sensação, alma do intelecto e alma da consciência. Já tratamos desse conceito em outro post recente.
Cada um desses níveis, por sua vez, se relaciona a um dos níveis da constituição humana: o corpo físico com a alma da sensação, o corpo etérico com a alma do intelecto e o corpo astral com a alma da consciência. O conceito de matriz e enlaçamento se aplica bem aqui, pois essa tríplice divisão se aplica também em outras formas de correspondências que não vamos abordar aqui.
A parcela da humanidade que está desenvolvendo ainda a alma da sensação e não atingir um novo patamar nessa iniciação coletiva da COVID irá manifestar doenças no corpo físico que levarão à morte ou a debilidades físicas permanentes na estrutura física, como as embolias e perdas de parte da função pulmonar ou as coagulações com tromboses permanentes. A palavra chave aqui é MEDO.
A parcela da humanidade que deveria atingir um novo patamar no desenvolvimento da alma do intelecto poderá desenvolver doenças autoimunes com a COVID e também muitas patologias ligadas ao sistema endócrino, inclusive comportamentais como a perda total da capacidade de se conectar amorosa e afetivamente a outros seres humanos e cair num grande abuso com relação ao sexo. A palavra chave aqui é INDIFERENÇA.
A parcela da humanidade que deveria atingir um novo patamar para a alma da consciência e não o fizer irá manifestar tendências animalescas em seu comportamento. A palavra chave aqui é RAIVA.
E a parcela da humanidade que poderia atingir um novo patamar de desenvolvimento do Eu e não o fizer irá manifestar diferentes formas de loucura. A palavra chave aqui é BESTIALIDADE.
A nossa ciência moderna de certa forma já está observando esses fenômenos em pesquisas recentes que indicam que as pessoas que tiveram COVID assintomático têm piores sequelas neurológicas do que as pessoas que tiveram COVID sintomático.
Obs.: Vale também notar que a distinção acima sobre o nível de desenvolvimento da alma ajuda a solucionar um enigma muito discutido entre os seguidores da antroposofia: afinal como se transmite o vírus? E uma outra pergunta que deve vir junto: como se manifesta a doença? Steiner deixou várias dicas esparsas sobre isso. Em alguns relatos ele indica que toda epidemia é um problema do plano astral da Terra, como a matança de animais para o consumo de sua carne. Em outros lugares ele fala que a doença só se manifesta quando o vírus entra no corpo, mas ao mesmo tempo, já há uma predisposição no astral da pessoa para manifestar a doença. Juntando essas e outras pessoas, é possível se afirmar que para manifestação da doença, a pessoa tem que estar com sua frequência astral baixa, mas que para a manifestação no corpo físico, nos órgãos, é preciso o contato com o virus. Mas mesmo sem o contato com o vírus a doença pode se manifestar no corpo astral e no corpo etérico.
Isso também explica porque pessoas assintomáticas têm as piores sequelas: pois segundo o Ayurveda e a medicina antroposófica a pior doença ocorre quando se manifesta no sistema nervoso (veículo da alma e correspondente físico do corpo astral) e daí toma o corpo etérico, sem chegar ao corpo físico. Isso ocorre pois a doença no corpo físico é uma cura para a alma, onde a doença seria pior, pois levaria a doenças mentais que afetam o eu humano (demência e outras das quais vamos tratar). Assim, COVID sintomático leva a um menor dano na alma/sistema nervoso. O assintomático, por sua vez, fica no nível do sistema nervoso, apenas atingindo-o com mais força e, portanto, deixando piores sequelas e maiores danos ao sistema nervoso.
Interessante notar também que o conceito de doenças psicossomáticas da ciência moderna já se aproxima suficientemente de conceitos que permitem a compreensão dessa manifestação da COVID apenas no sistema nervoso... Nesse caso, assim como eventos individuais afetam a consciência individual e são chamados de tensões ou estresse, também a COVID afeta as pessoas sem necessidade de um meio físico, o vírus, para causar a doença... Nesse caso, a humanidade está passando por um grande estresse coletivo.
Conceitos modernos como o de neurônio espelho e de doenças que se manifestam de uma pessoa para a outra por mimetização de emoções também são conceitos da ciência moderna que tentam indicar a existência de uma esfera astral da realidade sem falar dela. Da mesma forma, conceitos modernos como epigenética também sinalizam para a existência de um corpo etérico no ser humano sem assumir a existência de um corpo etérico. Tudo isso porque, por definição, a ciência moderna nega os níveis sutis da realidade, limitando-se ao nível físico-material, para depois ter que dar outros nomes a esses níveis sutis, tentando não negar o seu próprio dogma de que só o nível material existe.
O conceito de doença psicossomática é uma dessas adaptações em que a ciência moderna faz sobre o corpo astral e corpo etérico, dizendo que 'algo mais' existe além do corpo físico e que causa doenças. Mas ela parece querer “reinventar a roda” para não ter que dar o braço a torcer e aceitar na íntegra o perfeito sistema de entendimento do ser humano e dos processos de saúde x doença, doença x evolução espiritual, que nos conferem a medicina antroposófica e o verdadeiro Ayurveda.
Ufa! Vamos parar por aqui com esse parênteses!
A medicina antroposófica e o Ayurveda podem explicar com muito mais assertividade o que está acontecendo com o ser humano com a COVID do ponto de vista de saúde e doença, mas aqui não vamos poder tratar disso, pois isso iria requerer uma digressão muito longa sobre o ser humano e sobre as bases desses sistemas integrados de medicina.
Vamos nos ater aqui ao problema das questões neurológicas, que é o que afeta os twin flames do exemplo que vamos compartilhar, pois nesse caso é um novo patamar de desenvolvimento do Eu que deveria ser atingido por ambos, mas um deles não atingiu e manifestou uma grave patologia do Eu, que a medicina e psicologia antroposófica tratam a fundo como o fenômeno do Sósia. O Ayurveda também trata desse mesmo problema de uma forma muito interessante, indicada no épico Ramayana, em que a personalidade dissociativa se manifesta como a abdução de Sita pelo demônio Ravana. Veremos também um fenômeno semelhante indicado no Apocalipse de João.
Namaste!
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